Falar de sazonalidade não é previsão…

Segundo a reportagem da Agência Estado (“Lupi: situação do emprego estará estabilizada até março“), o ministro do trabalho, nas palavras do jornalista, alega…

“(…) não acreditar no agravamento do desemprego após o mês de março”

Obs.: crise agora é sinônimo de sazonalidade; o desemprego vai subir no 1º trimestre só por causa da crise, e ao cair no 2º trimestre,  atribuirão à competência das políticas anti-cíclicas do governo e ao corte da Selic.

Como eu já havia demonstrado num post anterior (“Uma pessoa prevenida vale por duas (parte I)“), essa previsão é muito fácil de ser feita. Veja no gráfico abaixo como se comporta a taxa de desemprego em janeiro, fevereiro e março (em azul) a após o primeiro trimestre:

Taxa de Desemprego (%) - destaque para os meses de Janeiro, Fevereiro e Março
Taxa de Desemprego (%) – destaque para os meses de Janeiro, Fevereiro e Março

Há um forte componente sazonal, que se repete em quase todos os anos: a taxa de desemprego chega ao pico em março. É mais provável que isso aconteça novamente, do que algo diferente. A mesma coisa seria dizer: “em janeiro fará mais calor e devemos ter mais chuvas”. O que isso acrescenta de novo!? Nada.

Mas a responsável é só a crise hein!.. Talvez até pelas chuvas! Ué, sei lá… Vai saber. Nunca ouviu falar em efeito borboleta? Um corretor da bolsa de Nova Iorque balançando os braços pro alto desesperado pode provocar um temporal no sul do Brasil…

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